domingo, 16 de setembro de 2012

Oxóssi


                                      
DIA: Quinta-feira

COR: Azul-Turquesa

SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré

ELEMENTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)

DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura

SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!

Introdução

Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Atualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.
A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.
Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi

São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, selecionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.
Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como  fisicamente, são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. 
 Um pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores. 
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.
Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas.
São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.
Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.
Lenda
Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. 
Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu.
 Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. 
Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxossi! Oxossi!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxossi. 
 Lenda 
Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre. A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a, cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir. No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.
Lenda
Diz uma das lendas que certo dia Osóssi chegou a sua aldeia,quase arriando pelo peso da capanga,das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara.
Osún, sua mulher e mãe de seu filho, olhou para ele e pensou:''só caçou desgraça". Pois a desgraça para Osóssi foi prevista por Ifá,que ele alertou Osún. Porém,quando ela contou a Osóssi sobre essa previsão,ele disse que a desgraça era a fome,a mulher sem leite e a criança sem carinho.
E que desgraça maior era o medo do homem.Quando Osóssi se aproximou de Osún,ela notou que ele trazia algo na capanga,sentiu medo e alegria. Havia caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena.
Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu:"Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio,o bicho que se enrosca em si mesmo''.
Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra).O bicho revirava a cabeça e os olhos,agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho depena para Osóssi matar".
A grande Dan pertencia a Sàngó e Osóssi não poderia matá-la.Osún fugiu temendo a vingança de Sàngó, indo até Ifá que disse:"A justiça será feita, assim o corpo de Osóssi irá desaparecer,desaparecerá da memória de Ossunmaré e a quizila desaparecerá da vingança de Sàngó". 
Lenda
Ogum senhor dos caminhos, sempre foi inquieto, criativo e corajoso. Oxosse, senhor das matas era calmo, acanhado e temeroso, preferia a calma e proteção de suas matas a belicosidade dos caminhos.
Um dia, Ogum ao voltar de uma grande caminhada pela terra, encontrou seu irmão muito apreensivo, pois uma terrível ave estava atemorizando o povo da mata. Nada e nem ninguém conseguia abate-la.
Ogum montou sua forja e em ferro quente forjou um arco e uma flecha.
Feliz pelo resultado entregou a arma a Oxosse e disse que ele dali para frente só usaria uma flecha em suas caçadas e que sempre ela seria certeira pôr estar a serviço do senhor da Vida. Esta magia habitaria dali para frente seu coração de bom caçador, pois ele sempre lembraria de seu lema: querer é poder, respeitar e conseguir.
Oxosse, agradecido e confiante partiu em busca da ave. Ao encontrá-la pousada numa rocha, mirou e disparou a flecha atravessando o coração. A ave de desfez no ar como magia.
Oxosse, realizado voltou as suas matas sabendo que apartir daquele momento seria ele quem ajudaria e ensinaria o homem a caçar e a respeitar o reino animal. Seria ele quem ensinaria a caçar com respeito, a caçar o que fosse preciso para prover a vida,
Pôr merecimento, o homem agradecido tornou Oxosse o provedor da vida, o senhor da caça.
Okê, arô – O grande caçador. 

Logun Edè


                                        logum-ede-3   

Dia da semana: Quinta-feira

Cores: Azul Turquesa e Amarelo OuroSaudação: Logun ô Akofá!

Elementos: Água (de Rios e Cachoeiras) e Terra (Floresta)

Domínios: Riqueza, Fartura e Beleza

Instrumentos: Balança, Ofá (arco), Abebè (espelho) e Cavalo-Marinho

INTRODUÇÃO
Logun Edé é o Orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e de Oxóssi, deus da guerra e da água. É, sem dúvida, um dos mais bonitos orixás do Candomblé, já que a beleza é uma das principais características dos seus pais.Caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logun Edé reúne os domínios de Oxóssi e de Oxum, e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade.
Apesar da sua história, é preciso esclarecer que Logun Edé não muda de sexo a cada seis meses, ele é um Orixá do sexo masculino. A sua dualidade dá-se a nível comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum, e em outras, sério e solitário como Oxóssi. Logun Edé é um Orixá de contradições; nele os opostos alternam, é o deus da surpresa e do inesperado. Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilesa e é uma das mais ricas e prósperas de África, mas o seu culto na região está em via de extinção.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na verdade Ólòlún Ode – o guerreiro caçador - o maior entre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive de Oxóssi. Todavia, não podemos desconsiderar o processo cultural que deu origem ao Candomblé e as diferenças fundamentais que existem entre os cultos aos orixás no Brasil e em África. O Candomblé é um ‘resumo de toda a África mística. Muitos deuses que em África mantinham a sua autonomia, no Brasil foram reunidos num único Orixá e divididos em diversas qualidades.Oxum Yéyé Ipondá e Odé Erinlé são, respectivamente, as qualidades de Oxum e Oxóssi que se consideram os pais de Logun Edé. No Candomblé, Oxóssi e Oxum são os pais de Logun Edé, um deus único que encontra na sua paternidade uma forma de existir e residir, pois o seu culto mantém-se até hoje e é cada vez mais crescente fora de África. Há também quem diga em África que Logun Edé é, na verdade, uma altiva versão masculina da própria Oxum.

Características dos filhos de Logun Edé

Os filhos de Logun Edé possuem as características de Oxum, ou seja, narcisismo, vaidade, gosto pelo luxo, sensualidade, beleza, charme e elegância. Tem também características em comum com Oxóssi, ou seja, beleza, vaidade, cautela, objectividade e segurança. No entanto, há características de Logun Edé que não pertencem nem a Oxum nem a Oxóssi. Na verdade, ele reúne o arquétipo de ambos, mas de forma superficial.
A superficialidade é a marca dos filhos de Logun Edé, porque eles, ao contrário dos filhos de Oxóssi e de Oxum não têm certeza do que são nem do que querem. As qualidades de Oxum e de Oxóssi amenizam-se em Logun Edé, mas, em compensação, os defeitos exacerbam-se. Dessa forma, os filhos de Logun Edé são extremamente soberbos arrogantes e prepotentes.
Mas algo não se lhes pode negar: os filhos de Logun Edé são bonitos e possuem um olhar especial, algo que atrai e repele ao mesmo tempo. São do tipo ‘bonitinho mas ordinário’. São mandões, os donos da verdade, os mais belos, cujo ego não cabe em si. O melhor não lhes fazer elogios na sua presença, a nãoleque. Quando têm consciência de que conseguem controlar os seus defeitos, os filhos de Logun Edé tornam-se pessoas muito agradáveis. Os filhos de Logun Edé não andam! Pairam no ar 

Lenda

 Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não havendo limites definidos.
  Logun Edè, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam  Logun Edè muito irritado.
 Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição  para o reinado de seu pai, mas não conseguiu, pois a terra estava muito  escorregadia. Voltou, então, para o fundo do rio, onde começou a cavar freneticamente, com a intenção de suavizar a passagem da água para a terra. Com essa escavação, machucou suas mãos, pés e cabeça, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fácil sua transição.  Logun Edè criou, assim, as margens dos rios e córregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local.

Lenda

Um dia Oxalá conheceu Logun Edè e o levou para viver em sua casa sob sua proteção.
Deu a ele companhia, sabedoria e compreensão.Mas Logun Edè queria muito mais, queria mais.E roubou alguns segredos de Oxalá.
Segredos que Oxalá deixara à mostra,confiando na honestidade de Logun.O caçador guardou seu furto num embornal a tiracolo, seu adô.Deu as costas a Oxalá e fugiu.
Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do caçador que levara seus segredo.Oxalá fez todos os sacrifícios que cabia oferece e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Logun Edè usasse um dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio:"Que maravilha o milagre de Oxalá!".
Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar.
Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta.
O caçador era presumido e ganancioso,acostumado a a ganha  bajulação.
Oxalá determinou que Logun Edè fosse homem num período e no outro depois fosse mulher.Nunca haveria assim de ser completo.
Parte do tempo habitaria a floresta vivendo de caça,e noutro tempo, no rio, comendo peixe.
Nunca haveria de ser completo.Começar sempre de novo era sua sina.
Mas a sentença era ainda nada para o tamanho do orgulho do Logun Edè.
Para que o castigo durasse a eternidade,Oxalá fez de Logun Edè um orixá.

Lenda

Logun Edè era filho de Oxóssi com Oxun.Era príncipe do encanto e da magia .Oxóssi e Oxum eram dois Orixás muito vaidosos.Orgulhosos, eles viviam às turras.
A vida do casal estava insuportável e resolveram quue era melhor separar.O filho ficaria metade do ano nas matas com Oxóssi  e a outra metade com Oxun no rio.
Com isso, Logun se tornou uma criança de personalidade dupla:cresceu metade homem, metade mulher.Oxun proibiu Logun Edè de brincar nas águas fundas,pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade.
Mas Logun era curioso e vaidoso como os pais.Logun nào obedecia à mãe.Um dia Logun nadou rio adentro, para bem longe da margem.
Obá, dona do rio,para vingar-se de Oxum,com quem mantinha antigas querelas,começou a afogar Logun.
Oxum ficou desesperada e pediu a Orunmilá que lhe salvasse o filho,que a amparasse nos eu desespero de mãe.
Orunmilá que sempre atendia à filha de Oxalá,retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra.
Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces.
Dizem que Oiá quem retirou Logun Edè da água e terminou de criá-lo juntamente  com Ogum.Lenda
     No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum  e Xangô estivam  vivendo um romance ,  e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logum Edé, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logum Edé com sua transformação num orixá meji e abandoná-o na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logum Edé para casa onde, juntamente com Ogum, passa a criá-lo e educá-lo.
    Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à liberdade.Mesmo ele sendo criado por Iansã, Logum Edé tinha tudo, menos amor das mulheres, 
O amor  Iansã por ele era tão grande que quando ela foi  roubada de Ogum por Xangô,ela não  abandona Logum Edé , criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logum Edé, já que pela segunda veis  Xangô tenta lhe tira a mãe.
    Logum Edé nunca se casou, devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
   Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados.