domingo, 16 de setembro de 2012

Logun Edè


                                        logum-ede-3   

Dia da semana: Quinta-feira

Cores: Azul Turquesa e Amarelo OuroSaudação: Logun ô Akofá!

Elementos: Água (de Rios e Cachoeiras) e Terra (Floresta)

Domínios: Riqueza, Fartura e Beleza

Instrumentos: Balança, Ofá (arco), Abebè (espelho) e Cavalo-Marinho

INTRODUÇÃO
Logun Edé é o Orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e de Oxóssi, deus da guerra e da água. É, sem dúvida, um dos mais bonitos orixás do Candomblé, já que a beleza é uma das principais características dos seus pais.Caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logun Edé reúne os domínios de Oxóssi e de Oxum, e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade.
Apesar da sua história, é preciso esclarecer que Logun Edé não muda de sexo a cada seis meses, ele é um Orixá do sexo masculino. A sua dualidade dá-se a nível comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum, e em outras, sério e solitário como Oxóssi. Logun Edé é um Orixá de contradições; nele os opostos alternam, é o deus da surpresa e do inesperado. Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilesa e é uma das mais ricas e prósperas de África, mas o seu culto na região está em via de extinção.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na verdade Ólòlún Ode – o guerreiro caçador - o maior entre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive de Oxóssi. Todavia, não podemos desconsiderar o processo cultural que deu origem ao Candomblé e as diferenças fundamentais que existem entre os cultos aos orixás no Brasil e em África. O Candomblé é um ‘resumo de toda a África mística. Muitos deuses que em África mantinham a sua autonomia, no Brasil foram reunidos num único Orixá e divididos em diversas qualidades.Oxum Yéyé Ipondá e Odé Erinlé são, respectivamente, as qualidades de Oxum e Oxóssi que se consideram os pais de Logun Edé. No Candomblé, Oxóssi e Oxum são os pais de Logun Edé, um deus único que encontra na sua paternidade uma forma de existir e residir, pois o seu culto mantém-se até hoje e é cada vez mais crescente fora de África. Há também quem diga em África que Logun Edé é, na verdade, uma altiva versão masculina da própria Oxum.

Características dos filhos de Logun Edé

Os filhos de Logun Edé possuem as características de Oxum, ou seja, narcisismo, vaidade, gosto pelo luxo, sensualidade, beleza, charme e elegância. Tem também características em comum com Oxóssi, ou seja, beleza, vaidade, cautela, objectividade e segurança. No entanto, há características de Logun Edé que não pertencem nem a Oxum nem a Oxóssi. Na verdade, ele reúne o arquétipo de ambos, mas de forma superficial.
A superficialidade é a marca dos filhos de Logun Edé, porque eles, ao contrário dos filhos de Oxóssi e de Oxum não têm certeza do que são nem do que querem. As qualidades de Oxum e de Oxóssi amenizam-se em Logun Edé, mas, em compensação, os defeitos exacerbam-se. Dessa forma, os filhos de Logun Edé são extremamente soberbos arrogantes e prepotentes.
Mas algo não se lhes pode negar: os filhos de Logun Edé são bonitos e possuem um olhar especial, algo que atrai e repele ao mesmo tempo. São do tipo ‘bonitinho mas ordinário’. São mandões, os donos da verdade, os mais belos, cujo ego não cabe em si. O melhor não lhes fazer elogios na sua presença, a nãoleque. Quando têm consciência de que conseguem controlar os seus defeitos, os filhos de Logun Edé tornam-se pessoas muito agradáveis. Os filhos de Logun Edé não andam! Pairam no ar 

Lenda

 Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não havendo limites definidos.
  Logun Edè, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam  Logun Edè muito irritado.
 Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição  para o reinado de seu pai, mas não conseguiu, pois a terra estava muito  escorregadia. Voltou, então, para o fundo do rio, onde começou a cavar freneticamente, com a intenção de suavizar a passagem da água para a terra. Com essa escavação, machucou suas mãos, pés e cabeça, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fácil sua transição.  Logun Edè criou, assim, as margens dos rios e córregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local.

Lenda

Um dia Oxalá conheceu Logun Edè e o levou para viver em sua casa sob sua proteção.
Deu a ele companhia, sabedoria e compreensão.Mas Logun Edè queria muito mais, queria mais.E roubou alguns segredos de Oxalá.
Segredos que Oxalá deixara à mostra,confiando na honestidade de Logun.O caçador guardou seu furto num embornal a tiracolo, seu adô.Deu as costas a Oxalá e fugiu.
Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do caçador que levara seus segredo.Oxalá fez todos os sacrifícios que cabia oferece e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Logun Edè usasse um dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio:"Que maravilha o milagre de Oxalá!".
Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar.
Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta.
O caçador era presumido e ganancioso,acostumado a a ganha  bajulação.
Oxalá determinou que Logun Edè fosse homem num período e no outro depois fosse mulher.Nunca haveria assim de ser completo.
Parte do tempo habitaria a floresta vivendo de caça,e noutro tempo, no rio, comendo peixe.
Nunca haveria de ser completo.Começar sempre de novo era sua sina.
Mas a sentença era ainda nada para o tamanho do orgulho do Logun Edè.
Para que o castigo durasse a eternidade,Oxalá fez de Logun Edè um orixá.

Lenda

Logun Edè era filho de Oxóssi com Oxun.Era príncipe do encanto e da magia .Oxóssi e Oxum eram dois Orixás muito vaidosos.Orgulhosos, eles viviam às turras.
A vida do casal estava insuportável e resolveram quue era melhor separar.O filho ficaria metade do ano nas matas com Oxóssi  e a outra metade com Oxun no rio.
Com isso, Logun se tornou uma criança de personalidade dupla:cresceu metade homem, metade mulher.Oxun proibiu Logun Edè de brincar nas águas fundas,pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade.
Mas Logun era curioso e vaidoso como os pais.Logun nào obedecia à mãe.Um dia Logun nadou rio adentro, para bem longe da margem.
Obá, dona do rio,para vingar-se de Oxum,com quem mantinha antigas querelas,começou a afogar Logun.
Oxum ficou desesperada e pediu a Orunmilá que lhe salvasse o filho,que a amparasse nos eu desespero de mãe.
Orunmilá que sempre atendia à filha de Oxalá,retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra.
Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces.
Dizem que Oiá quem retirou Logun Edè da água e terminou de criá-lo juntamente  com Ogum.Lenda
     No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum  e Xangô estivam  vivendo um romance ,  e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logum Edé, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logum Edé com sua transformação num orixá meji e abandoná-o na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logum Edé para casa onde, juntamente com Ogum, passa a criá-lo e educá-lo.
    Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à liberdade.Mesmo ele sendo criado por Iansã, Logum Edé tinha tudo, menos amor das mulheres, 
O amor  Iansã por ele era tão grande que quando ela foi  roubada de Ogum por Xangô,ela não  abandona Logum Edé , criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logum Edé, já que pela segunda veis  Xangô tenta lhe tira a mãe.
    Logum Edé nunca se casou, devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
   Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados. 















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